segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bom eu poderia escrever um monte de besteiras contando os meus motivos de no está mais postando, mais essas palavras define: A MINHA VIDA ESTÁ UM MERDINHA SEM GRAÇA!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

só sei que nada sei.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A definição do amor.

" AMOR?
Amor é um coisa que dói dentro do peito.
Dói devagarinho, quentinho, confortável.
É a mão que vem na cama vizinha a noite,
e segura na sua adormecida.
E você prefere ficar com o braço gelado e dormente
a puxar sua mão e cortar aquele contato
Tão precioso que ele é.
Amor é ter medo - medo de quase tudo - da doença,
do desconforto, da fadiga, do costume, das novidades.
Amor pode ser uma rosa, um bife, um beijo,
uma colher de xarope.
Mas o que o amor é, principalmente,
são duas pessoas neste mundo".

( Rachel de Queiroz)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Amor

Sentir-se amado é ver que ele lembra de coisas que você nem lembra que contou, é vê-lo tentar reconciliar tudo, é ver como ele fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. “Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato.” Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
Estou indo te encontrar, te dizer que eu sinto muito. Você não sabe quão adorável você é. Eu tive que encontrar você, te dizer que eu preciso de você e te dizer que eu te deixei de lado. Me conte seus segredos e me pergunte suas dúvidas, vamos voltar para o começo. Ninguém disse que era fácil. É mesmo uma pena nós nos separarmos, ninguém disse que era fácil e ninguém nunca disse que seria tão difícil. Leve-me de volta ao começo. Eu há pouco estava adivinhando números e dígitos, solucionando os quebra-cabeças, questões de ciência, ciência e progresso não falam tão alto quanto meu coração. Diga-me que me ama, volte e me assombre, e eu corro para o começo. Ninguém disse que era fácil. É mesmo uma pena nós nos separarmos, ninguém disse que era fácil e ninguém nunca disse que seria tão difícil. Eu estou voltando para o começo.
Saí de cena por uns dias, porque não tinha assunto, porque não tinha gosto de nada, porque não tinha cor. Tava sofrida, tava esmagada, tava em preto e branco. Voltei porque cansei de sofrer e preciso acreditar que eu não sou a única sofredora do mundo, e que ainda terei outras histórias para sofrer mais ( preciso guardar lágrimas ). Resolvi cantar para subir! CHEGA! O mundo ainda gira no seu movimento de rotação e translação e eu parada, vendo a banda passar. Acordei, cantei e subi. Isso, voltei..  Meio amassada ainda, mas com uma imensa vontade de simplesmente viver, como diz Ritinha (Lee): " Eu sei que agora vou cuidar de mim, porque enquanto estou viva e cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz. "

sábado, 21 de agosto de 2010

Sede de palavras

Sinto-me inspirada, e nostalgiada. Sinto sede de palavras, isso me consome tranquilamente. Sinto falta de coisas que não tem nome. Sinto falta, mas não sei bem se sinto isso mesmo. Como explicar a saudade que se sente, de uma coisa que simplesmente não existe ? Acham isso estranho. Já eu parei de achar as coisas. Minha opinião não está valendo muito. Nunca valeu realmente. Para falar a verdade, eu não me sinto inspirada. Peço-lhes desculpas quanto a minha singela mentira, mas é que eu nunca tenho inspiração, só precisava de algo para começar. Não sei porque ainda continuo a escrever. Como eu disse, eu sinto sede de palavras. Queria poder colocar todos os meus pensamentos para fora de mim, mas queria que isso fizesse algum sentido. É uma tentativa vã. Sinto sede de palavras sim, mas é uma sede que eu não posso saciar. É mais forte do que eu. Na realidade, eu sou pouca coisa agora. E o que eu sou não importa muito. O que importa é o momento. É o meu momento. Meu momento de fraqueza. Meu momento de devaneio. É isso que eu sou. Apenas. Agora estou com saudade de pessoas.Divertidas, que amam a vida. Nunca conheci tais pessoas, mas sinto falta delas. Elas ocupam muito espaço dentro de mim. São elas, o meu amor por elas, e mais devaneios. Mais pensamentos irracionais. Tenho que parar de pensar. Pensar cansa, e geralmente eu não chego a nenhuma conclusão. Acho que hoje realmente não é meu dia. Estou dizendo, ou tentando dizer algo que não sei. Essa é a verdade. Não sei o que lhes dizer. Uso esse pronome como se conhecesse quem fosse ler. Tomara que ninguém. Não desejaria que alguém se perdesse tanto quanto eu estou perdida. Sinto-me num labirinto, um labirinto de palavras. Ainda estou tentando achar palavras coerentes e acabar logo com isso. Não consigo. Minha garganta queima. Meus dedos tremem. Meus olhos piscam sem controle. Tenho sede de palavras, isso me consome mais. Quero colocar tudo pra fora, mas as palavras não são minhas amigas. Elas saem distorcidas, ou é apenas meus pensamentos que não tem ordem. Talvez seja isso. Estranho não ? Não consigo dizer o que sinto, ou mentir sobre alguma coisa. Defeito de sinceridade oculta. Minha sinceridade é gritada pra mim em silêncio. Faltam-me palavras para expor-me. Queria que me conhecessem. Queria que vissem essa confusão de vagas palavras nos meus pequenos olhos escuros. Queria que usassem meus olhos como pontes, que atravessassem e vissem a minha agonia interna. Queria que pudessem me ajudar. Mas ninguém pode. Nem eu posso comigo mesma. Quero ordem. Quero cascata de palavras. Queria que não sentissem minha confusão. Mas eu sempre quero muito. Tenho que querer parar de querer. Ainda sinto sede. Perdida no labirinto de palavras para sempre. Com sede. Sinto-me inspirada. Mentira. Ainda sinto minha confusão na pele, no suor escorrendo na minha face, na minha cabeça girando. Sinto-me pálida. Sinto o frio. Sinto sede de palavras, isso me consome aos poucos, tranquilamente. Não sinto mais nada. Parei de sentir. Não acredite.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Pequena garota do espelho:

Há uma pequena garota dentro do meu espelho. Não pergunto mais quem ela é, cansei. Mas gosto de ficar ali a olhando, e ela sorri. Um sorriso vago talvez, mas sei que gosta da minha presença. Ela tem cabelos em uma cor tão estranha, lembra-me ferrugem. São médios, um pouco abaixo dos ombros. Mas não combinam com a sua sobrancelha preta. Seu corpo é míudo, do tamanho de um abraço. Mas ela não chega a ser magra. Suas mãos são pequenas, e estão fechadas em punhos. Já não tento entender mais. Ela tem um jeito de se vestir engraçado. Hoje está com um vestido curto com desenhos delicados, e uma meia-calça azul. Sempre a vejo de azul, deve ser sua cor favorita. Eu fico procurando vestígios pra ver se a conheço, mas nada. Sempre me arrependo quando paro para olhar seu rosto. Sua pele é de um pálido esquisito. Dá pra ver que o Sol já brilhou e deixou marcas ali, que hoje estão tão desbotadas que ninguém pode chamar de bronzeado. Sua pele parece ser tão frágil, tão frágil. Ela poderia ser feita de porcelana, cristal, que ninguém duvidaria. Eu queria poder tocá-la. Abraçá-la. Devia ser muito frio ali. Mas eu nunca poderia realizar tal sonho. Eu não conseguia pensar em maneiras de tirá-la dali, e devolvê-la a vida. Finalmente, eu olhei para o local nela que eu mais temia encarar. Existiam olheiras estranhas, ela deve estar cansada de permanecer congelada ali. Seus olhos são pequenos, mas profundos e terrivelmente negros. E há uma história neles. Uma canção de ninar, um adeus. Se eu prestasse bem atenção, dava pra ouvir as notas suaves do piano ao fundo. Quando ela voltava seu olhar para mim, eu poderia dizer que seu coração facilmente se parte em dois. Eu gostaria de poder fazer alguma coisa, porque agora há lágrimas pesadas escorrendo melancolicamente pela sua face. Se eu pudesse, eu diria a ela que não há o que temer, e que os medos dela são totalmente infantis. Queria poder lhe dizer que a dor que ela está sentindo e a solidão se apagariam, e que ela descansaria em paz pelo resto dos seus dias. Mas no mesmo momento em que eu notei que nada funcionaria tão facilmente, ela me olhou ardil mente, atroz, com as mãos ainda fechadas em punhos. E tão rápido que eu nem senti, o vidro gelado rachou-se em minhas mãos, e jorrou sangue nos pequenos cacos que caiam no chão. Eu olhei para o chão, vi o reflexo em um caco e sorri. Eu sabia que estaria ligada para sempre aquela pequena garota de agora em diante. Sabia disso. Abracei-me, manchando o curto vestido de sangue, mas sentido um súbito calor, sentido a pele ruborizando de alegria, as bochechas queimando. Então, eu sai do pequeno cômodo, tranqüila, feliz, com meu coração remendando-se automaticamente, e deixando através dos meus pequenos passos, os rastros de sangue e passado pelo assoalho de madeira antiga.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estranhamente estou me sentindo libertada! Porque DELETAR, sempre é preciso. A gente se recicla e começa tudo outra vez…

Querer

Eu queria um amor ridículo, inconveniente, asfixiante e consumidor que não me desse espaço para pensar. Queria um amor que me fizesse berrar até a garganta sangrar. Que me fizesse estiletear o braço com seu nome. Um amor que me escutasse chamando seu nome de cidades à distância e acalmasse o caos do universo com um simples abraço. Um amor cujo beijo me desse frio na barriga e cujo corpo no meu me possuísse de tal forma que eu não conseguisse parar de chorar .. borrando a maquiagem e inchando meu rosto. E que mesmo neste estado ele me achasse a mulher mais linda do mundo, a única. Que fizesse com que me sentisse virgem e intocada ao desabotoar meu sutiã e percorrer meu corpo com as mãos. Que me desse dor de cabeça de tanto pensar nele e que essa dor só parasse com um beijo. Alguém que morresse de ciúme de todos os meus amigos e xingasse toda vez que ficasse inseguro. E que eu pudesse curar essa insegurança com um simples olhar ou demonstração de afeto. Um amor que me instigasse a tatuar seu nome por lugares espalhados do meu corpo, que pertenceria só a ele. Que me fizesse comprar seu perfume e usá-lo em todas as minhas roupas para cheirá-las e senti-lo quando ele não estivesse comigo. Que me fizesse escrever poemas e musicas intensas explicando por A+B o porquê de ele ser a razão da minha vida. Que quando os lesse, se calasse e quando eu menos esperasse, falasse que me amava. Alguém que escolhesse minha roupa, penteasse meus cabelos. Um amor que me fizesse cozinhar um jantar à luz de velas com vinho branco e existisse sobre uma trilha sonora sexy e sedutora. Alguém a quem eu pudesse contar todos os meus segredos mais íntimos e irreveláveis sem medo de julgamento.


Que me fizesse escrever cartas quilométricas em rolos de papel higiênico. Com quem eu pudesse tomar banho de espuma, sair da banheira nua e assistir a filmes debaixo do cobertor no quarto refrigerado. E que o ar-condicionado nos deixasse doentes para podermos cuidar um do outro. Alguém a quem eu desse comida na boca, lambuzasse de sobremesa e depois lambesse o corpo inteiro. Alguém com quem eu tirasse milhares de fotos íntimas para poder fazer uma parede dos nossos momentos e decorá-las com o sangue do meu dedo. Com quem todos os dias fossem diferentes, que todos fossem como a primeira vez. Queria ter asas e dividi-las com ele e quando ele não estivesse por perto me fizesse cair.

Queria um amor pelo qual pudesse morrer, para tornar lindo o ato de viver.